Pelo nome você já sabe do que se trata essa seção. É uma homenagem mais do justa às mulheres que enfrentaram e ainda enfrentam o duro preconceito dos homens. E para inaugurar a novidade eu escolhi a mais bem sucedida e famosa piloto de ralis de todos os tempos: Michèle Mouton.
Sua carreira nos ralis começou com a ajuda do seu pai, que era um grande admirador do automobilismo. A filha começou a carreira como co-piloto, mas depois passou para o banco do piloto, tendo corrido em ralis com um Alpine Renault 1600 oferecido pelo pai a partir de 1970.
Com apenas 23 anos, Michèle ganhou o Campeonato Francês de Ralis, feito que repetiu no ano seguinte, em 1975. Neste mesmo ano, ganhou a Taça das Senhoras do Rali de Monte Carlo, um dos mais conceituados do Mundo.
Michèle (à direita) e seu Alpine: foto do seu primeiro feito
Em 1975 ela também participou das 24 Horas de Le Mans com uma equipe feminina.
No ano de 1977 ela estreiou no campeonato europeu e chegou a ganhar uma prova, o Rali da Espanha. Neste momento, a piloto já chamava a atenção pela sua performace e foi contratada, juntamente com a co-piloto Françoise Conconi, para pilotar pela Fiat France. Correu com um Lancia Stratos no tradicional Rali de Monte Carlo, onde ficou em sétimo lugar da geral. Com um Fiat 131 Abarth ela venceu o Tour de France, prova válida pelo campeonato Europeu.
Em 1981 ela foi contratada pela Audi juntamente com a co-piloto Fabrizia Pons. O carro dela? O inesquecível Audi Quattro. Com a Audi, a francesa tornou-se muito popular, alcançou o sucesso e obteve sua primeira vitória no mundial de ralis, vencendo o Rali de San Remo, na Itália. Foi a primeira vitória de uma mulher em uma prova válida para o Mundial, equivalente ao WRC. Com esse resultado, ela passou a ser uma das pilotos mais competitivas do Mundial de Ralis.
Em 1982: atingiu o auge da fama e do desempenho
Veio o ano de 82 e com ele o auge de Michèle. Candidata ao título, venceu três provas: Portugal, Grécia e aqui no Brasil. Perdeu o título na última etapa do mundial, quando abandonou o Rali da Costa do Marfim por problemas mecâmicos. Acabou ficando com o vice campeonato.
Já em 1983 ela já não apresentou o mesmo desempenho e em 1984 abandonou três dos quatro ralis que disputou. No final de 84 ela troca a Audi pela Peugeot e ao volante do 205 Turbo 16 não obteve o mesmo sucesso alcançado nos anos ateriores.
Mas em 1985 ela voltou a ganhar notoriedade quando venceu a famosa subida de Pike’s Peak, nos EUA. Foi a primeira mulher a ganhar a prova. Com o fim do GrupoB em 1986, ela abandonou a carreira no Rali, mas se transformou numa verdadeira lenda e até hoje ela participa de algumas provas comemorativas.
Nos EUA deu um show
Seus números:
Anos de atividade 1974–1986
Equipes Fiat, Audi, Peugeot
5 Participações em campeonatos Mundiais
4 Vitórias
9 Pódios
160 Vitórias em etapas
229 Pontos conquistados
Esperam que tenham gostado da nossa mais nova seção, que vai contar a história dessas verdadeiras lendas do esporte.
Abraços
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